Pesquisa revela que benefícios vão além da vitamina C: ele combate o colesterol
Cardiologista pesquisa o poder do suco de laranja em ajudar no tratamento do colesterol
Seja no café da manhã, no almoço ou no jantar, o suco de laranja sempre parece uma boa opção. Um estudo ainda inédito revela: mais do que saboroso, este acompanhante das refeições tipicamente brasileiro também tem um potencial terapêutico ainda não usado e que vai muito além da oferta de vitamina C.
A já conhecida indicação desta bebida para quem está ficando resfriado tem como respaldo o fato da laranja ser fonte de vitamina C, o que promove uma fortificação do sistema imunológico e a proteção contra os vírus.
Agora, os primeiros resultados da pesquisa feita no Instituto do Coração (Incor) – que serão publicados na próxima edição do American Journal of Clinical Nutrition – sugerem que o mesmo alimento, em pouco tempo, pode também servir de dica para pessoas com colesterol alto. O médico cardiologista Joaquim Raposo é quem liderou a pesquisa. Ele constatou em estudos feitos em laboratório que o suco de laranja quando atrelado aos medicamentos para o colesterol potencializava os resultados benéficos da medicação.
Saiba mais
* Níveis de colesterol flutuam com o ciclo menstrual
* Atividade física ajuda a controlar os níveis de colesterol
* Frutas cítricas ajudam a emagrecer
* Frutas que brotam na varanda
“Em pouco tempo de uso combinado (entre remédio e suco) percebemos uma redução quase total das placas de gordura, uma condição chamada de aterosclerose e a grande responsável pelo colesterol ficar alto e ameaçar o coração”, afirma Raposo.
Estes primeiros indícios já foram comemorados mas Raposo afirma: eles ainda não oficializam a entrada do suco de laranja nos receituário dos médicos. “Esta primeira etapa foi feita apenas em coelhos. O próximo passo é testar em humanos, mas tenho convicção para apostar que, em breve, a parceria suco de laranja e medicamento para colesterol vai virar recomendação clínica”, acredita o especialista.
Antioxidante
Antes da pesquisa de Raposo, os componentes do suco de laranja já eram exaltados pela Associação Americana de Cardiologia. Isso porque o alimento é composto por flavonóides, substância antioxidante e, por isso, é considerada benéfica ao coração. Os flavonóides facilitam a circulação e a eliminação de impurezas que entopem as veias, diminuindo assim o risco de infarto e de acidente vascular cerebral (AVC).
A nutricionista especializada pela Sociedade Brasileira de Medicina Molecular, Flávia Cesar Raduam, acrescenta que frutas cítricas (como é o caso da laranja) são importantes na ação dos radicais livres, protegem as células e retardam o processo de envelhecimento celular.
Calórica?
Por esta coleção de benefícios, o médico Joaquim Raposo considera injusta a fama de “alimento muito calórico” atribuída ao suco de laranja. “As pessoas esquecem que o suco de laranja é rico em fibras e aumenta a sensação de saciedade, um aliado de quem quer fazer reeducação alimentar e perder peso”, diz, rebatendo a informação – exposta na tabela nutricional da Universidade de São Paulo (USP) – de que 200ml do produto têm 128 calorias, mais do que um copo de cerveja, por exemplo.
O alerta feito pelo especialista é que todas essas vantagens são obtidas por meio do suco de laranja típico, ou seja, sem a adição de água, apenas a fruta espremida. O Ministério da Agricultura, este mês, divulgou informativo de que o suco, o néctar, o refresco e o refrigerante feitos de laranja têm porcentagens diferentes da fruta, o que interfere nas quantidades de sódio e de açúcar adicionado, dois ingredientes que – ao contrário da fruta – são maléficos ao sistema cardiocirculatório.
Segundo o material divulgado pela pasta, enquanto o refrigerante alaranjado tem 10% de suco de laranja, o refresco e o néctar (em caixa ou lata) têm ambos, no mínimo 30% de suco. O Ministério informou que estuda a elaboração de uma norma para que no rótulo destes produtos seja obrigatória a informação do percentual de suco usado na composição, para facilitar a escolha do consumidor pelo produto com mais ou menos suco e também o teor de açúcar em cada um deles.
Fernanda Aranda, iG São Paulo
Seja no café da manhã, no almoço ou no jantar, o suco de laranja sempre parece uma boa opção. Um estudo ainda inédito revela: mais do que saboroso, este acompanhante das refeições tipicamente brasileiro também tem um potencial terapêutico ainda não usado e que vai muito além da oferta de vitamina C.
A já conhecida indicação desta bebida para quem está ficando resfriado tem como respaldo o fato da laranja ser fonte de vitamina C, o que promove uma fortificação do sistema imunológico e a proteção contra os vírus.
Agora, os primeiros resultados da pesquisa feita no Instituto do Coração (Incor) – que serão publicados na próxima edição do American Journal of Clinical Nutrition – sugerem que o mesmo alimento, em pouco tempo, pode também servir de dica para pessoas com colesterol alto. O médico cardiologista Joaquim Raposo é quem liderou a pesquisa. Ele constatou em estudos feitos em laboratório que o suco de laranja quando atrelado aos medicamentos para o colesterol potencializava os resultados benéficos da medicação.
Saiba mais
* Níveis de colesterol flutuam com o ciclo menstrual
* Atividade física ajuda a controlar os níveis de colesterol
* Frutas cítricas ajudam a emagrecer
* Frutas que brotam na varanda
“Em pouco tempo de uso combinado (entre remédio e suco) percebemos uma redução quase total das placas de gordura, uma condição chamada de aterosclerose e a grande responsável pelo colesterol ficar alto e ameaçar o coração”, afirma Raposo.
Estes primeiros indícios já foram comemorados mas Raposo afirma: eles ainda não oficializam a entrada do suco de laranja nos receituário dos médicos. “Esta primeira etapa foi feita apenas em coelhos. O próximo passo é testar em humanos, mas tenho convicção para apostar que, em breve, a parceria suco de laranja e medicamento para colesterol vai virar recomendação clínica”, acredita o especialista.
Antioxidante
Antes da pesquisa de Raposo, os componentes do suco de laranja já eram exaltados pela Associação Americana de Cardiologia. Isso porque o alimento é composto por flavonóides, substância antioxidante e, por isso, é considerada benéfica ao coração. Os flavonóides facilitam a circulação e a eliminação de impurezas que entopem as veias, diminuindo assim o risco de infarto e de acidente vascular cerebral (AVC).
A nutricionista especializada pela Sociedade Brasileira de Medicina Molecular, Flávia Cesar Raduam, acrescenta que frutas cítricas (como é o caso da laranja) são importantes na ação dos radicais livres, protegem as células e retardam o processo de envelhecimento celular.
Calórica?
Por esta coleção de benefícios, o médico Joaquim Raposo considera injusta a fama de “alimento muito calórico” atribuída ao suco de laranja. “As pessoas esquecem que o suco de laranja é rico em fibras e aumenta a sensação de saciedade, um aliado de quem quer fazer reeducação alimentar e perder peso”, diz, rebatendo a informação – exposta na tabela nutricional da Universidade de São Paulo (USP) – de que 200ml do produto têm 128 calorias, mais do que um copo de cerveja, por exemplo.
O alerta feito pelo especialista é que todas essas vantagens são obtidas por meio do suco de laranja típico, ou seja, sem a adição de água, apenas a fruta espremida. O Ministério da Agricultura, este mês, divulgou informativo de que o suco, o néctar, o refresco e o refrigerante feitos de laranja têm porcentagens diferentes da fruta, o que interfere nas quantidades de sódio e de açúcar adicionado, dois ingredientes que – ao contrário da fruta – são maléficos ao sistema cardiocirculatório.
Segundo o material divulgado pela pasta, enquanto o refrigerante alaranjado tem 10% de suco de laranja, o refresco e o néctar (em caixa ou lata) têm ambos, no mínimo 30% de suco. O Ministério informou que estuda a elaboração de uma norma para que no rótulo destes produtos seja obrigatória a informação do percentual de suco usado na composição, para facilitar a escolha do consumidor pelo produto com mais ou menos suco e também o teor de açúcar em cada um deles.
Fernanda Aranda, iG São Paulo
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