domingo, 14 de novembro de 2010

imprimir enviar para um amigo Foto: Everystockphoto GPS com rastreador pode ser inútil contra o jammer Jammer, o melhor amigo dos ladrões


A partir de 2011, todos os automóveis fabricados no Brasil virão com um chip para permitir que eles sejam rastreados em caso de roubo. Mas essa obrigatoriedade, determinada pelo Contran dois anos atrás e várias vezes adiada, pode resultar sem efeito prático por causa de um aparelho conhecido com jammer, desenvolvido como bloqueador de celulares, semelhante aos dispositivos usados em presídios. O alerta é do Cesvi Brasil, um respeitado centro de pesquisa de segurança veicular, que testou mais de 300 marcas de rastreadores disponíveis no mercado atualment, verificando que nenhuma delas está imune à ação do jammer.

Hoje vendido de forma irregular, o jammer cria um sinal em banda larga que interfere na comunicação da telefonia móvel. Na prática, torna o rastreador inoperante, deixando o caminho livre para o ladrão. Segundo fontes policiais, os desmanches que recebem carros roubados usam largamente o jammer. O bloqueador costuma ser instalado nos porta-malas dos veículos roubados, onde é facilmente confundido com um módulo de som, caso seja interceptado por uma blitz policial.

Curiosamente, um aparelho que não se mostra tão eficaz para evitar o uso de celulares dentro dos presídios brasileiros ameaça tornar inócua uma medida de proteção aos veículos, aguardada há tanto tempo por proprietários de carros, seguradoras e empresários do setor de segurança. Os rastreadores representarão uma despesa extra média de R$ 750 na instalação, mais mensalidades em torno de R$ 40 pagas às prestadoras de serviço de comunicação. E alimentarão o faturamento de 330 empresas no país. Mas irão funcionar de verdade?


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