Situações sem controle, jogos de poder, competições desmedidas. O desejo cego de se ter poder e posse a qualquer custo têm sido uma das fórmulas mais explosivas e danosas da nossa atualidade. Ter dinheiro, status social e vida boa, além de ser o sonho dourado de milhares, também constam como um dos maiores causadores de denúncias falsas sobre o semelhante: abuso de poder, assédio moral e outros. O jogo da mentira apenas é uma das estratégias criadas para se apostar nas conquistas. Vale tudo em nome de poder, em nome de ultrapassar e de vencer. Uma corrida inglória, onde o suposto vencedor da difamação muitas vezes usada como passaporte de vitórias sobre o outro, via de regra, é o maior perdedor.
E o caluniado, aquele que foi passado para trás, aquele que nem ao menos teve a chance de ser acreditado, em meio às falsas acusações, ou cai em depressão, ou pensa em vingança.
Os predadores urbanos querem se dar bem em cima do outro, sabotando, mentindo. Vemos isso direto no mundo empresarial, onde ninguém é poupado. Nas relações pessoais, a coisa fica mais difícil ainda, as de longa data são as mais difíceis de serem desvendadas. Mesmo quando um dos pares entrega fortunas na mão do parceiro, incluindo a própria vida, muitas vezes, o suposto prejudicado nem mais percebe o quanto que foi lesado, apenas sobrevive. Recebi, certa vez, uma senhora que o marido havia falecido e dilapidado toda a fortuna deixada pelo seu pai, sendo que nunca de fato havia trabalhado, apenas usufruído do bem bom, querendo sempre mais, e de acordo com a senhora, esta acabava cedendo. Depois do falecimento do seu marido, deu-se conta de que não havia sobrado praticamente nada, e pior, não podia contar com os filhos porque os mesmos haviam aprendido pelo modelo, a não levar em conta a mãe e repetiam o exemplo do pai, como novos predadores.
Tolerantes demais, apreciadores do crescimento dos outros, normalmente aqueles que sempre estendem as mãos para que o outro cresça, são os que costumam ser as vítimas mais fáceis desse tipo de armação duvidosa.
Os cenários podem variar, mas o conteúdo da trapaça sempre é o mesmo: O outro é a ponte para que eu alcance o que desejo e ponto; e muitas vezes a vida do outro é o que desejo. Nessas situações, inveja e cobiça são camufladas estrategicamente por camaradagem, amizade e boa companhia, ferramentas mais utilizadas por esses tipos de predadores urbanos.
Subir, escalar as alturas é o lema. Preste atenção, seja onde estiver trabalhando e mesmo em sua vida pessoal, observe como estes predadores funcionam como autômatos. Cenas emotivas e amizades são apenas estratégias automáticas desse tipo de ação para toda sorte de conquistas.
Se você for da turma do outro lado da moeda, fique esperto quando as questões acima relacionadas lhe saltam aos olhos pelo excesso. Desconfie e proteja-se.
Nunca é tarde para dizer não e fechar portas quando perceber que algo não está correto. Melhor ganhar a si mesmo de volta, do que perder-se, pela ganância desenfreada de outro. Melhor ser incorruptível quando a primeira percepção de que algo não está correto lhe sobrevém e levar-se a sério sendo o melhor amigo de si mesmo.
Tenho recebido inúmeros casos em meu consultório de pessoas que não se ouviram e se deixaram levar. Depois das perdas, se perguntam como que não viram o que estava acontecendo ou como sequer vislumbraram o que poderia acontecer. No processo terapêutico, portanto, exatamente todos chegam à conclusão de que em algum momento sempre percebiam que algo não ia bem, porém, confiaram demais no outro e menos em suas próprias percepções.
Na terapia, inaugura-se no oposto, abre-se espaço para a validação das percepções, para a validação da alma, da sensação que sempre percebe tudo. Você conta para você mesmo o que de algum modo já sabia e se fortalece para criar movimentos e ações em seu próprio benéfico.
:: Silvia Malamud ::
E o caluniado, aquele que foi passado para trás, aquele que nem ao menos teve a chance de ser acreditado, em meio às falsas acusações, ou cai em depressão, ou pensa em vingança.
Os predadores urbanos querem se dar bem em cima do outro, sabotando, mentindo. Vemos isso direto no mundo empresarial, onde ninguém é poupado. Nas relações pessoais, a coisa fica mais difícil ainda, as de longa data são as mais difíceis de serem desvendadas. Mesmo quando um dos pares entrega fortunas na mão do parceiro, incluindo a própria vida, muitas vezes, o suposto prejudicado nem mais percebe o quanto que foi lesado, apenas sobrevive. Recebi, certa vez, uma senhora que o marido havia falecido e dilapidado toda a fortuna deixada pelo seu pai, sendo que nunca de fato havia trabalhado, apenas usufruído do bem bom, querendo sempre mais, e de acordo com a senhora, esta acabava cedendo. Depois do falecimento do seu marido, deu-se conta de que não havia sobrado praticamente nada, e pior, não podia contar com os filhos porque os mesmos haviam aprendido pelo modelo, a não levar em conta a mãe e repetiam o exemplo do pai, como novos predadores.
Tolerantes demais, apreciadores do crescimento dos outros, normalmente aqueles que sempre estendem as mãos para que o outro cresça, são os que costumam ser as vítimas mais fáceis desse tipo de armação duvidosa.
Os cenários podem variar, mas o conteúdo da trapaça sempre é o mesmo: O outro é a ponte para que eu alcance o que desejo e ponto; e muitas vezes a vida do outro é o que desejo. Nessas situações, inveja e cobiça são camufladas estrategicamente por camaradagem, amizade e boa companhia, ferramentas mais utilizadas por esses tipos de predadores urbanos.
Subir, escalar as alturas é o lema. Preste atenção, seja onde estiver trabalhando e mesmo em sua vida pessoal, observe como estes predadores funcionam como autômatos. Cenas emotivas e amizades são apenas estratégias automáticas desse tipo de ação para toda sorte de conquistas.
Se você for da turma do outro lado da moeda, fique esperto quando as questões acima relacionadas lhe saltam aos olhos pelo excesso. Desconfie e proteja-se.
Nunca é tarde para dizer não e fechar portas quando perceber que algo não está correto. Melhor ganhar a si mesmo de volta, do que perder-se, pela ganância desenfreada de outro. Melhor ser incorruptível quando a primeira percepção de que algo não está correto lhe sobrevém e levar-se a sério sendo o melhor amigo de si mesmo.
Tenho recebido inúmeros casos em meu consultório de pessoas que não se ouviram e se deixaram levar. Depois das perdas, se perguntam como que não viram o que estava acontecendo ou como sequer vislumbraram o que poderia acontecer. No processo terapêutico, portanto, exatamente todos chegam à conclusão de que em algum momento sempre percebiam que algo não ia bem, porém, confiaram demais no outro e menos em suas próprias percepções.
Na terapia, inaugura-se no oposto, abre-se espaço para a validação das percepções, para a validação da alma, da sensação que sempre percebe tudo. Você conta para você mesmo o que de algum modo já sabia e se fortalece para criar movimentos e ações em seu próprio benéfico.
:: Silvia Malamud ::
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