quinta-feira, 15 de março de 2012

“A familiaridade é um ingrediente importante da atração”

Sam Sommers, autor do livro “Situations Matter”, recusa o lado mágico do romantismo e apresenta outros fatores de proximidade

O poder das situações na atração amorosa é discutido com entusiasmo pelo autor Sam Sommers no livro “Situations Matter” (ainda sem tradução para o português). Segundo ele, fatores concretos e nada românticos ditam por quem nos apaixonamos e como escolhemos parceiros para dividir as nossas vidas.
O que te faz se aproximar de uma pessoa? Olhos verdes? Fã de Bob Dylan? Paixão por praia ou por poesia? Esses até podem ser motivos de atração. Mas se o seu par perfeito (ou suposta alma gêmea) tiver nascido na Polinésia, por exemplo, as chances de vocês se descobrirem na vida reduzem bastante.


Foto: Getty Images
Menos “mágica”, mais lógica: as forças externas interferem diretamente nas escolhas amorosas
“Por mais que se preste atenção em características internas e físicas, são as forças externas que ditam como e quando nós somos ideais para alguém”, alerta Sommers, numa constatação fria e direta. E ainda exemplifica: “A geografia e o andar do prédio em que moramos têm impacto profundo na nossa aquisição de amigos e amores”.


Foto: Divulgação Ampliar
Sam Sommers: as forças externas são mais importantes, segundo autor de “Situations Matter”
O autor também dá dicas práticas de como facilitar encontros. Se você está de mudança, Sommers sugere que escolha um apartamento próximo a caixa de correspondências ou em frente ao elevador, onde o fluxo de pessoas é maior. Segundo ele, encontrar as pessoas com regularidade aumenta o apelo e facilita a proximidade. O que conduz a outro fator determinante: a familiaridade.
“Associamos os bons sentimentos ao que nos soa familiar. A familiaridade é um ingrediente importante da atração”, diz o professor norte-americano, que colocou mulheres aleatórias em uma sala de aula com intensidades diferentes de frequência. Ao final do estudo, a mais assídua foi considerada a mais atraente pela maioria dos alunos.
Ainda de acordo com o contexto, Sommers afirma que tendemos a pensar em nós mesmos pelas características que nos distinguem dos outros. É por isso que, quando alguém lhe pergunta “Como você está?”, ele trata de responder: “Comparado a quê?”. Leia mais sobre a teoria de Sam Sommers.
Paola Deodoro, especial para o iG São Paulo 

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