Que gordinho já não decidiu começar uma dieta e, na véspera, comeu que nem um condenado “pra se despedir”? E que gordinho que fez isso não desistiu da dieta logo depois e repetiu esse mesmo ciclo várias vezes?
Segundo o psiquiatra Flávio Gikovate, é isso que faz com que as pessoas engordem: o “pensamento gordo”, que seria o responsável por levar as pessoas a acreditarem que a próxima refeição sempre será a “última” e, por isso, deve ser exageradamente calórica.
Gikovate explica sua “teoria” no livro “Deixar de ser gordo“, da MG Editores. Ele concedeu entrevista ao site Livraria da Folha, onde afirma que a única solução para os gordinhos seria assumir um “pensamento magro”, com o qual, segundo ele, não haveria sequer a tentação de comer guloseimas à noite depois de um dia de dieta.
Tudo bem que, entre as declarações do psiquiatra ao jornal, ele afirma que “o gordo é preguiçoso e envergonhado de sua aparência” e que, por conta disso, não busca mudar sua alimentação ou fazer exercícios.
As generalizações continuam quando ele afirma que comer como magro é a solução porque, quem come assim, “para de ver na comida mais do que a necessidade fisiológica e/ou um prazer gustativo interessante”.
Em outras palavras: Ele acredita que gordo é preguiçoso e come para compensar frustrações psicológicas enquanto os magros não são assim. Claro que há casos de pessoas obesas que ganham peso por questões psicológicas, mas toda generalização é perigosa.
Generalizações, exageros e preconceitos à parte, não deixa de ser uma boa dica evitar as “orgias gastronômicas” que antecedem uma dieta, especialmente quando a pessoa “começa” uma dieta nova a cada semana.
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