Cientistas da Universidade Emory, em Atlanta (EUA), avaliaram os dados de uma pesquisa feita com 2.157 adolescentes com idades entre 12 e 18 anos e descobriram que o consumo médio diário de adoçante nessa faixa etária é de 119 gramas, o que representa 21,4% da energia total necessária.
Com isso, esses adolescentes acabam apresentando altos níveis de LDL (lipoproteínas de baixa densidade), que é o colesterol ruim, e baixos níveis de HDL (lipoproteínas de alta densidade), o colesterol bom.
De acordo com o autor do estudo, Jean Welsh, da UNiversidade Emory de Atlanta, nos Estados Unidos, esse é o primeiro estudo que relaciona o uso de adoçante com doenças cardíacas em adolescentes.
- O preocupante é que o consumo a longo prazo aumenta os riscos de doenças cardíacas na idade adulta.
O cientista alerta que o açúcar artificial encontra-se em todos os produtos adoçados artificialmente durante sua fabricação ou quando é consumido. Os alimentos que mais contribuem para o alto consumo de adoçantes são os refrigerantes, sucos artificiais, cafés e chás.
- Os adolescentes estão consumindo 20% de sua quantidade diária de açúcar com alimentos que possuem pouco ou nenhum outro tipo de nutrientes.
Segundo Welsh, existem muitas campanhas para reduzir o consumo de comidas gordurosas, mas a preocupação não é a mesma quando se trata de alimentos adoçados artificialmente.- Substituir algumas bebidas açucaradas por água seria uma das formas de reduzir o consumo de açúcar e calorias.
Por causa de resultados como esse, a Sociedade Americana do Coração informou recentemente que pretende estabelecer um limite de adoçante que é acrescentado nesses produtos, baseado na idade, sexo e quantidade de energia que essa pessoa gasta em um dia.
Por exemplo, uma menina com idade entre 14 e 18 anos, que precisa de 1.800 calorias por dia, não poderia consumir mais que cem calorias vindas de adoçantes. Já alguém os que precisam de 2.200 calorias diariamente não devem consumir mais de 150 calorias de adoçantes.
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