terça-feira, 6 de janeiro de 2009
SÓ PARA INGLÊS VER
Lógico que não demorou muito para a Inglaterra começar a fazer uma pressão daquelas, com a intenção de acabar logo com a escravidão. O Brasil sabia que teria de aceitar as condições inglesas. Afinal, devia muito, mas muito dinheiro mesmo, à Inglaterra! Mas nosso país segurou as pontas até o limite: afinal, toda sua economia estava baseada no trabalho escravo!
Eram mais de 300 anos de escravidão, e não dava para acabar com ela de uma hora para outra. Então o Brasil se viu diante de um grande problema: por um lado, tinha de abolir a escravidão, mas não tinha quem trabalhasse nas lavouras de café, que eram sua principal riqueza. Por outro, não podia enfurecer a Inglaterra. Além de dever muito dinheiro, o Brasil ainda dependia dos produtos ingleses de uso diário, de sapato a sabão.
Por isso, foram criadas várias leis que proibiam aos pouquinhos, muito de leve, a escravidão, só para enganar a Inglaterra...
Um exemplo disso foi uma lei de 1831, o ano em que d. Pedro I voltou para Portugal. Nessa lei, o Brasil diz que acaba com o tráfico negreiro (a "importação" de negros da África para trabalharem no Brasil como escravos).
Que nada! O tráfico só acabou mesmo em 1852! A lei foi só "para inglês ver", literalmente.
A expressão deu tão certo que até hoje é usada quando alguém quer dizer uma coisa que parece ser verdade... mas não é. Só que a Inglaterra mais tarde acabou percebendo tudo _ e dá para imaginar que não ficou nada contente por ter sido feita de boba. E então, ela começou a colocar as garras de fora...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário