sábado, 24 de janeiro de 2009
Centro histórico tem o mais experiente barbeiro cuiabano
A navalha corta rente, tal como exige a clientela. No comando do instrumento, está o profissional mais experimentado nestas artes em toda a Capital. São 70 anos de vida, 52 de profissão e quase 50 ao comando do salão Euzébio, na rua Galdino Pimentel. Euzébio Nunes de Siqueira trabalha à moda antiga. Das cadeiras de base branca aos espelhos e adereços na parede, tudo em seu salão faz lembrar um passado em que havia menos pressa e mais conversa. E mais cordialidade. “Hoje a cidade cresceu e mudaram os costumes. A Cuiabá das janelas e das portas abertas não existe mais. Vieram pessoas de fora, algumas boas, outras ruins. Hoje é uma coisa difícil dar confiança a alguém desconhecido”. Para Siqueira, a cidade precisa evoluir, mas sem deixar de ser a terra hospitaleira de sempre. “Cuiabá é boa. Quando é preciso, o cuiabano de verdade tira a camisa do corpo e dá para você vestir. Isso não pode mudar”. É por este motivo, diz ele, que tantos amam viver aqui. “O cuiabano só vai embora se for transferido pelo governo. Por vontade própria, é difícil. E quem vem também não consegue ir embora. É a história da cabeça do pacu, conhece?”. (RV)
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