Não há quem não precise se proteger das situações difíceis da vida, mas precisamos ficar muito atentos com as nossas atitudes porque tudo na vida tem retorno, reverberação. E se o mundo está como está e nos desagrada, não podemos fechar os olhos para não olhar a nossa participação.
Pois é, amigo leitor, cada um de nós contribui para formar o todo. Então, no caminho da evolução espiritual, melhor a gente pensar que tipo de contribuição estamos oferecendo para o mundo, e para nós mesmos, já que recebemos o retorno.
Pense, por exemplo, numa situação bem simples, como uma visita ao médico, ou uma fila de banco, ou mesmo um contato numa repartição pública. Pode ser que muita gente trabalhe nessas instituições e que esteja sofrendo com um salário ruim, com uma condição de trabalho pesada, com um chefe desrespeitoso, ou com seu próprio momento de vida tumultuado. Mas seja qual for a situação, será que justifica tratar outras pessoas com desrespeito, descaso, indiferença?
Acho que não. Mas, infelizmente, é o que vemos todos os dias, e muitas vezes não adianta absolutamente nada reclamar, ainda que em certos momentos temos que colocar o que pensamos e formalizar reclamações.
Não dá para permanecermos passivos, em nome da não-violência, conceito tão importante no caminho espiritual. Precisamos tomar atitudes, mas além das ações, acho saudável a gente sempre pensar onde as coisas começam e terminam.
Aprendi a observar a vida, olhar para as pessoas, não para julgar, mas para aprender e, infelizmente, tenho visto gente bonita, bem vestida, estudada, supostamente educada, maltratando frentista de posto de gasolina, caixa de banco, garçons, e por aí seguiria uma longa lista. E pergunto, será que por conta do nível social, ou da conta bancária, alguém tem o direito de olhar, ou tratar com arrogância seu semelhante?
Se o médico, o atendente de um serviço público, o bancário, o terapeuta, professor, ou seja lá quem for, não começar uma mudança profunda no seu comportamento esse mundo não vai mudar.
Não somos o tempo todo quem recebe um serviço, muitas vezes somos nós quem oferece algo, vende algo, ou tem que cuidar de alguém.
Vale nos observarmos para ver como estamos fazendo isso.
Pregamos uma vida espiritual mais evoluída, mas qual o nosso comportamento com o próximo?
Percebo que por conta do sofrimento, dos desgastes do dia a dia, vamos criando um cascão, deixamos de nos importar com o sofrimento alheio, deixamos a indiferença cobrir a nossa alma. Mas e aí o que sobra?
Queremos o amor, queremos ser aceitos, amados, tratados com respeito, porém, se continuarmos dentro da nossa bolha de proteção quando o mundo será um lugar melhor para se viver?
Como disse sabiamente Mahatma Gandhi: devemos ser a mudança que queremos ver no mundo.
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