Empresa holandesa
desenvolveu uma droga que promete solucionar problemas de falta de
libido. Medicamento, porém, ainda está passando por testes
Uma pílula capaz de aumentar o desejo sexual das mulheres pode estar
disponível em 2015, segundo matéria publicada neste domingo no jornal
britânico The Guardian.
A droga, que recebeu o nome de Lybrido, foi idealizada pela empresa
holandesa Emotional Brain. A pílula contém testosterona "para aumentar a
receptividade do cérebro aos estímulos sexuais" e também apresenta em
sua fórmula, assim como o Viagra, um inibidor de fosfodiesterase tipo 5,
que aumenta o fluxo sanguíneo à região genital para aumentar a
sensibilidade e o desejo sexual.
Um estudo publicado no fim do ano passado no periódico The Journal of Sexual Medicine, por exemplo, mostrou que essa droga é melhor do que placebo para aumentar a libido entre as mulheres. Segundo o The Guardian,
o Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula alimentos e
remédios nos EUA, já deu sinal verde para a realização dos próximos
testes em torno da pílula nos Estados Unidos.
É necessário? — Há especialistas, porém, que acreditam
que a falta de desejo sexual entre as mulheres não é uma doença e,
portanto, não precisa ser tratada com remédios. A matéria do The Guardian cita um artigo publicado há dez anos no periódico British Medical Journal
(BMJ), no qual é levantado um debate sobre o assunto. O texto mostra
que, na opinião de alguns médicos, o termo "disfunção sexual feminina"
passou a ser usado para o benefício de indústrias farmacêuticas.
Um artigo sobre a pílula Lybrido publicado em maio na revista The New York Times Magazine
levanta outra questão. De acordo com a matéria, o remédio não deve ser
encarado e discutido como um "Viagra feminino". Isso porque problemas
com desejo sexual entre as mulheres parecem estar muito mais
relacionados a fatores psicológicos do que físicos. "O Viagra age nas
artérias; causa alterações físicas que permitem o pênis ficar ereto. A
versão feminina da droga do desejo seria outra coisa. Ela ajustaria
regiões do cérebro", afirma o texto.
Revista veja
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