quarta-feira, 21 de março de 2018

Retrocesso no Supremo pode soltar presos e impedir prisão de Lula

Ministros tentam chegar a um entendimento sobre uma eventual mudança na jurisprudência em relação às prisões após decisão de segunda instância. Medida poderia beneficiar não só o ex-presidente Lula, mas também Sérgio Cabral, Vaccari e Gim, entre outros.

Não é apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está apreensivo quanto a uma eventual decisão do Supremo Tribunal Federal sobre as prisões em segunda instância, que poderá ser analisada hoje pelo plenário. Os petistas José Dirceu, João Vaccari Neto e André Vargas; os emedebistas Sérgio Cabral e Eduardo Cunha; além de Gim Argello e Anthony Garotinho, estão atentos para saber se permanecem presos ou se responderão ao processo em liberdade.

A Corte está desgastada com o debate que ainda nem ocorreu e ainda tem o tempo contra si. Na próxima segunda-feira, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre, encerra a análise dos embargos apresentados pela defesa de Lula. Como eles devem ser negados, a prisão poderá ser decretada.

O grau de estresse e pressão é tão grande que ontem os ministros bateram cabeça em torno de uma reunião informal para definir se a matéria entra ou não em pauta. Uma reunião informal, marcada para o fim da tarde, com Cármen Lúcia chegou a ser anunciada, mas não ocorreu. A ideia partiu de Celso de Mello, mas Marco Aurélio Mello e Luís Roberto Barroso afirmaram que não foram convidados.

Celso conversou com a presidente do Supremo na semana passada, pedindo para que a conversa extraoficial fosse marcada. De acordo com informações de fontes ligadas a Cármen Lúcia, ela aceitou o pedido. No entanto, o ministro Celso de Mello informou que ela não estendeu o pedido aos demais integrantes da Corte.


Fonte Correio Braziliense - Politica

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